8 de abr. de 2008

Sei que tudo vai ficar bem.


O que não sei é se vou ficar também.


Tudo, pra variar, me enche. Enchem de tédio, de medo, de desespero, de ansiedade e de remorsos mil. As coisas, as pessoas, as vidas, minha vida e meus exageros, respectivamente. E a compulsão que me assusta... É querer pegar, com uma mão, dez laranjas. A burrice maior não é querer, é tentar pegá-las. E eu sempre tento, mesmo sabendo que é burrice. E eu não sei como não tentar! Daí parto pro casulo... Pra esperar as coisas melhorarem, pra voltar à vida. Mas sempre recaio nos mesmos erros. É escroteando quem não merece, é fodendo comigo mesmo, é enfiando a cabeça na tomada e os dedos na parede. E exagero tudo. Exagero o drama, exagero a carência, exagero a tristeza, a ilusão, a inocência, a culpa... Tudo fora dos eixos. Tudo fora da ordem. Tudo fora do meu controle.




”Acima das nuvens o tempo é sempre bom
E o sol brilha tanto que pode te cegar
Eu quero estar bem longe do chão
Só pra não ver você chorar
Mas o ar é tão puro que foge de mim”


Nenhum comentário: